Thaís Sanches Santos, ex-aluna do mestrado em Biologia Comparada (PGB), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi destaque regional e nacional na modalidade audiovisual do Ensino Fundamental II, na 10ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA). Ela orientou as alunas Luiza Schadeck Alberti, Laura de Oliveira Locatelli e Maria Helena Silva Watanabe, do Clube de Ciências do Colégio Interação de Maringá. A equipe foi premiada por uma produção que fala sobre as queimadas na Amazônia.
A OBSMA é um projeto educativo bianual promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A ideia é reconhecer o trabalho desenvolvido por professores e alunos nas salas de aula nas áreas da educação, da saúde e do meio ambiente.
“Promovida pela Fiocruz, a OBSMA tem o objetivo de fortalecer nos estudantes o desejo de aprender, conhecer, pesquisar, investigar e estimular a realização de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde”, disse a professora Thaís Sanches, orientadora do trabalho premiado.
A Olimpíada é organizada em duas categorias: Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (incluindo cursos profissionalizantes e Educação de Jovens e Adultos). O grupo de Maringá se inscreveu com o vídeo “A Amazônia precisa de você!”, que discute as queimadas na Amazônia.
Segundo a professora Thaís, que foi orientada no mestrado pela professora Débora Sant’ Ana, atual pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM, tudo começou quando, no dia 7 de agosto de 2020, foi anunciado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) um alerta de 35,5% de aumento de queimadas na Amazônia.
“Diante dessa notícia e do impacto que essas queimadas causam para o nosso País, três integrantes do Clube de Ciências, do Colégio Interação, de Maringá, aceitaram produzir um vídeo didático, explicando e comentando que o aumento dessas queimadas é causado pelo desmatamento e que nós, cidadãos, podemos também fazer a nossa parte no combate ao desflorestamento com ações simples e que fazem a diferença”, explicou a professora.
PRODUÇÃO – O roteiro foi construído entre os meses de julho e setembro de 2020, de forma totalmente remota, por meio de encontros virtuais. A gravação do vídeo aconteceu em um único encontro presencial na escola (com duração de 2 horas), utilizando todos os materiais de proteção, como máscaras e álcool em gel, e realizado em ambiente aberto.
A aluna Laura de Oliveira Locatelli disse que essa experiência marcou a vida dela, “porque me deu coragem para vivenciar novas experiências e, com certeza, me fez aprender muito. Além disso, trabalhar em grupo nesses tempos de pandemia foi divertido, aumentou minha coragem, aprendizagem e criou memórias importantes. Gostaria que todos tivessem uma oportunidade de viver isso”.
Luiza Schadeck Alberti contou que foi incrível e divertido trabalhar ao lado de amigas. “Participar de uma olimpíada de ciências não é apenas pelo prêmio e reconhecimento, é também para adquirir o aprendizado de trabalhar em grupo, passar pelos desafios e até enfrentar a possibilidade de fracassos, já que somos humanos e erramos. Essa olimpíada, com certeza, ficará marcada para sempre em minha memória e vai influenciar meus projetos futuros”, disse a estudante.
A produção contou ainda com a participação de Maria Helena Silva Watanabe. Todas são alunas do 9º ano, do Ensino Fundamental II, do Colégio Interação, e têm 14 anos. É importante destacar que o incentivo foi da professora Thaís, que, atualmente, é doutoranda da pós-graduação em Ensino de Biociências e Saúde, da Fiocruz. Ela também é produtora de conteúdo do perfil @thaisplicando.ciencias, no Instagram.
Fonte: Ana Paula Machado Velho/ASC/UEM – Fotos: Divulgação/UEM