O local da entrega das doações foi a sede do Museu, no câmpus sede da UEM. A arrecadação vai beneficiar a mais de 500 pessoas em situação de vulnerabilidade, moradoras de cidades no eixo entre Maringá e Londrina. A distribuição dos produtos está sendo feita pela Central Única de Favelas (Cufa), no Paraná.
A coleta, organizada pelo Mudi durante cerca de 40 dias, teve o Museu como ponto central de entrega das doações. A logística do trabalho ocorreu por meio do projeto de extensão “Prevenção e Autocuidado na Saúde Reprodutiva”, coordenado pela professora Sônia Trannin de Mello, envolvendo a ação de vários monitores do setor.
Primeiro, houve uma live para falar sobre o tema, depois o Coletivo Igualdade Menstrual entrou em contato com Sônia, que aderiu como parceiro à iniciativa e, em seguida, a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres juntou-se à campanha, tornando-se também um importante ponto de doações.
Por fim, o trabalho de coleta organizado pelo Mudi e pela Secretaria do Município, mais o volume doado pelo Coletivo, angariou além de absorventes íntimos, calcinhas, shampoo, repelente, álcool em gel, desodorantes, sabonetes em barra e íntimo, condicionadores, escovas e creme dental.
A distribuição de absorventes será uma ação permanente da Prefeitura de Maringá. O município está em fase de implantação da política de combate à pobreza menstrual com o projeto de Lei nº 15.929/2021, aprovado pela Câmara de Vereadores, e que prevê a distribuição de absorventes íntimos para mulheres de baixa renda ou em vulnerabilidade social.
“Com essa campanha, trazemos a visibilidade e a necessidade de falar em dignidade menstrual”, afirma a coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher da Prefeitura de Maringá, Alana Marquezini.
Por meio desta ação, diz ela, será possível oferecer absorvente por seis meses a diversas mulheres que não têm condições de adquirir esse bem básico de higiene.
Para a coordenadora regional da Cufa, Lua Gomes, renegar a pobreza menstrual é renegar a própria existência feminina.
“A menstruação é inerente à nossa existência. Não podemos mais tratar a menstruação como tabu ou algo inimaginável. Nosso muito obrigada à comunidade que apoiou e contribuiu com as doações”, disse Lua Gomes.
A professora Sônia Trannin de Mello coordenou a entrega oficial dos produtos, ao lado de Alana Marquezini, representando a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, de Lua Gomes, coordenadora regional da Cufa e da vereadora e procuradora da Mulher na Câmara Municipal, Professora Ana Lúcia Rodrigues (PDT). Docente aposentada da UEM, Ana Lúcia apresentou emenda ao projeto de lei a fim de ampliar os locais de entrega dos absorventes e torná-los ainda mais acessível.
Fonte: Paulo Pupim/ASC/UEM e Siacom – Fotos: Ana Laura Sé.