Cinco dicas para economizar durante a pandemia

Neste período é recomendado fazer um planejamento financeiro e estabelecer metas a curto e longo prazo
Para a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França (foto), “é importante rever o que de fato é importante para a família, para que situação financeira não impacte em despesas mais importantes como educação e saúde, por exemplo”.

Organizar planilhas, renegociar dívidas, comprar online e cozinhar em casa, são algumas ações que ajudam a manter a saúde financeira das famílias

Atualmente, 45% dos brasileiros não fazem controle do orçamento familiar e metade deles aprenderam sozinhos sobre como administrar as finanças, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O estudo mostra ainda que oito em cada dez inadimplentes sofrem com impacto emocional negativo por conta das finanças. A ansiedade foi o sentimento negativo mais citado no levantamento, atingindo 63% dos entrevistados, enquanto 43% apresentaram alterações no sono.

E esses números podem ser ainda maiores em meio à crise do coronavírus. Garantir e organizar o orçamento familiar tem sido uma das grandes preocupações das famílias brasileiras durante esse período de isolamento. Empresas e indústrias (grandes e pequenas) e trabalhadores (autônomos ou assalariados), todos de alguma forma já estão sentindo o impacto da covid-19 também no bolso. Mas, como o momento é de cautela, seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde tem sido importante no combate ao vírus. Portanto, existe como seguir as recomendações e ao mesmo tempo economizar.

Para a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França, é importante ter na ponta do lápis todos os rendimentos e gastos, para fazer um planejamento financeiro e estabelecer metas a curto e longo prazo. “Esses dados podem ser analisados em um momento de crise como esse, para guiar as tomadas de decisão, o que é essencial para assumir o controle das finanças e não depender da sorte”, destaca.

Por isso, elencamos cinco dicas importantes que podem ajudar a organizar a vida financeira durante esse período:

Dica 1 – Anote seus gastos e faça planilhas para planejar sua vida financeira

É muito importante anotar todo o valor que entra e todo o valor que gastar por um serviço ou produto, diariamente. Neste momento de crise é preciso separar os gastos que são supérfluos daqueles que são essenciais. Este processo irá simplificar na hora de cortar o que é desnecessário, e isso pode ser feito em planilhas de papel ou por aplicativos. Anote então as despesas que não podem ser cortadas: aluguel, condomínio, mensalidades de serviços contratados, como colégio, por exemplo, financiamento do carro etc. Há, ainda, as despesas que não podem ficar de fora, mas que, se preciso, são passíveis de redução, como conta de luz, gás e telefone e compras no supermercado. Já as despesas que podem ser cortadas na crise: gastos relacionados ao estilo de vida, como lazer, restaurantes e compras.

Dica 2 – Renegocie dívidas e contratos

Esse é um momento muito complicado e é possível tentar renegociar dívidas ou rever contratos, como de aluguel ou financiamento da casa para reduzir o impacto no orçamento familiar neste primeiro momento. Se estiver sem dinheiro ou atrasado com pagamentos deste tipo, a sugestão é procurar a imobiliária ou o banco para buscar uma solução conjunta. Isso também serve para contas de luz, telefone e água e mensalidade escolar. Em situação de desemprego, é importante lembrar de pagar primeiramente as contas que incidem juros elevados, como cheque especial e cartão de crédito.

“Entendemos que a situação atual pode impactar as finanças pessoais e das empresas. Por isso, as instituições financeiras estão dispostas a analisar caso a caso, como o tempo de conta aberta, o histórico de adimplência, para ajudar as pessoas da melhor forma possível”, explica a gerente.

Dica 3 – Corte gastos desnecessários

Esse é o momento de fazer escolhas, portanto, evite compras por impulso que podem piorar ainda mais a situação. Essa é a hora de avaliar se existem coisas que você poderia abrir mão neste momento mais delicado. Por exemplo: reduzir compras por impulso na internet; renegociar contratos de telefone e TV; plataformas de streaming; entre outros.

Dica 4 – Cozinhe em casa

Como está todo mundo em quarentena, dentro de suas casas, essa opção é uma das melhores para reduzir gastos com alimentação. Aproveite o momento para cozinhar mais em casa. Ou tente escolher restaurantes que realizam promoções. Faça uma organização do que vai cozinhar na semana e procure nos supermercados itens com preços melhores, fazendo substituições inteligentes. Cozinhar em casa neste período pode reduzir em até 20% o valor gasto com alimentação.

Dica 5 – Venda e troca

Se neste período a grana estiver curta e você tem itens parados em casa que poderiam ser trocados ou vendidos, aproveite o momento. Você pode vender peças que não usa mais, como roupas, sapatos, eletrônicos etc.

O Sicredi desenvolveu um aplicativo, chamado Sicredi Conecta, que permite que associados da instituição financeira anunciem e vendam produtos e serviços entre si. Mais de 10 mil usuários já utilizam a plataforma. Desenvolvida pela startup Hallo, a ferramenta tem sido usada não apenas como uma maneira de manter a operação de empresas em andamento, mas também por pessoas que querem adquirir e comercializar produtos e serviços sem sair de casa, de forma segura e por meio das facilidades de pagamento oferecidas pelo Sicredi.

“Queremos beneficiar associados e a comunidade local que precisam continuar gerando renda neste período. Por meio do aplicativo, conectamos pequenos e médios negócios aos seus clientes potenciais, fazendo a economia girar, sem sair de casa”, explica Adriana.

Para a gerente de negócios, o momento pede também uma reorganização financeira, para controlar os gastos já previstos e cuidar para não fazer novas dívidas. “É importante rever o que de fato é importante para a família, para que situação financeira não impacte em despesas mais importantes como educação e saúde, por exemplo. A falta de gerenciamento, em casos mais graves, pode inclusive mudar o estilo de vida familiar”, finaliza Adriana.

Fonte: Centralpress – Fotos: Pixabay e Divulgação/Sicredi