Dentro do espírito democrático e transparente da atual gestão, a Prefeitura vai ouvir a população, os artistas e produtores culturais. O trabalho será realizado pela Fadec – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico da Universidade Estadual de Maringá – (UEM), com pesquisadores do Observatório das Metrópoles, e se transformará em um Diagnóstico da Cultura de Maringá. A demanda foi apresentada pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais.
Segundo o secretário de Cultura, Victor Simião, pesquisadores vão trabalhar, ao longo de 12 meses, levantando dados e ouvindo a população e agentes culturais antes de preparar o Diagnóstico. “Com este relatório vamos conhecer os pontos fortes e fracos do setor, seja no setor público ou no campo privado”, frisa. Com o resultado em mãos, o município poderá pensar em políticas públicas ainda mais assertivas focadas na cultura.
O Diagnóstico possui três grandes eixos. A pesquisa com os agentes culturais individuais e coletivos para construir um retrato aprofundado dos diferentes segmentos; Survey (investigação quantitativa) com a população de Maringá para conhecer demandas, preferências e fragilidades do setor cultural que ela acessa; e georreferenciamento (construção de um mapa interativo) da cultura em Maringá – agentes, equipamentos públicos e privados, patrimônio cultural, entre outros pontos.
São dois objetivos principais. Levar mais cultura à população e apoiar as iniciativas de artistas e produtores culturais. Em torno de 50 pessoas participarão do projeto, entre pesquisadores, bolsistas e uma técnica de cultura. O investimento é de R$ 215 mil. “Este trabalho é uma demonstração de respeito dos gestores municipais e do conselho para com o setor cultural de Maringá, dentro da perspectiva de entender o que se pretende na cultura local para elaborar políticas públicas levando em conta as expectativas da comunidade”, frisa a coordenadora da pesquisa, Celene Tonella.
Crescimento do setor – Ao longo dos últimos anos, houve um crescimento do setor artístico-cultural. O Conselho Municipal de Políticas Culturais foi empoderado pela Prefeitura. Foram realizadas conferências e o Fórum da Cultura, além dos Diálogos Setoriais. A gestão fortaleceu ao setor. Ampliou, por exemplo, o valor do Edital Aniceto Matti de R$ 1 milhão em 2017 para R$ 2,2 milhões em 2021.
A gestão criou editais como “Convite às Artes Populares”. Realizou exposições, inclusive com obras do Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Reformou o Centro de Ação Cultural. Além disso, vem valorizando as minorias político-sociais, com ações específicas para a população negra e pessoas com deficiência. Uma prova de transparência e de valorização dos artistas e produtores, em 2021 a Secretaria de Cultura, que tinha o mandato da presidência do Conselho Municipal de Políticas Culturais, abriu mão do cargo, passando a direção para a sociedade civil organizada.
Acesse a pesquisa: https://pt.surveymonkey.com/r/NR3P5XR
Fonte: Dirceu Herrero/Secom.
Foto: Mileny Melo.