Eles integram um grupo de professores e alunos de Engenharia que também fez 350 máscaras ‘Face Shield’ em impressora 3D para doação
Engenheiros Eletricistas e Mecânicos de Paranavaí, com a ajuda de acadêmicos de Engenharia, trabalham em duas soluções de combate à pandemia para profissionais da saúde. O grupo do Instituto Federal Paraná (IFPR) confeccionou e doou 350 máscaras ‘Face Shield’ feitas em impressora 3D e também construiu um ventilador mecânico, que está em fase de testes e em busca da certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além da união entre os integrantes da equipe, outro destaque é a arrecadação de recursos por meio de crowdfunding, ou como os organizadores vêm divulgando, por meio de uma “vakinha” online.
A intermediação foi feita pelo Engenheiro Eletricista Sérgio Inácio, Conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e professor do IFPR. Até sexta-feira (22), 50 apoiadores da causa doaram 4.331 reais de uma meta de 5 mil reais estabelecida no início dos projetos. Entre os doadores estão servidores do campus, empresas e indústrias locais, assim como moradores da cidade.
O Engenheiro Eletricista diz que o baixo custo é em função da união de esforços em prol de uma causa única. “Além de 11 docentes das áreas de controle e processos industriais, alguns acadêmicos ajudaram na programação do respirador mecânico. E o grupo também contou com o apoio de profissionais de outras instituições de ensino, como de Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia de São Paulo (Fesp), campus de Ilha Solteira.
As máscaras de proteção confeccionadas na faculdade foram distribuídas na cidade e em municípios da região. Mas, antes da confecção, os Engenheiros e estudantes de Engenharia estabeleceram um diálogo com os profissionais de Saúde para entender as reais necessidades da categoria durante a pandemia. O apoio foi de professoras do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Paranavaí, que atuam como enfermeiras nos hospitais locais. Em relação ao respirador mecânico, o Engenheiro Eletricista explica que o equipamento é simples, não é sofisticado, mas eficiente e útil para ajudar a salvar vidas no município.
Ele destaca que estamos vivendo um momento de solidariedade e de preocupação com o outro, mas também de consciência para os profissionais das Engenharias Elétrica e Mecânica, que devem utilizar os conhecimentos para criar soluções dentro do caos que tem sido a pandemia.
“É uma iniciativa modesta e sabemos que muitas instituições públicas em todo o Brasil desenvolveram protótipos parecidos. O importante é que a Engenharia está criando soluções para as necessidades reais da população, como é o caso da Covid-19. Após a certificação da Anvisa, queremos produzir o respirador mecânico em série dentro da faculdade, todos com recursos doados pela própria população”, afirma.
Fonte: Carina Bernardino/Assessora de Imprensa – Fotos: Divulgação/Crea-PR