Cidade já conta com cerca de 50 unidades em condomínios residenciais; empresa maringaense estima faturamento bruto de R$ 2,5 milhões neste ano
Se há alguns anos os minimercados em condomínios se restringiam a grandes centros, essa facilidade do varejo se espalhou para todos os cantos do País com mais intensidade no pós-pandemia e hoje inclusive é um diferencial considerado pelo consumidor na hora de comprar ou alugar um imóvel. Em Maringá, já existem cerca de 50 mercadinhos em prédios residenciais, oferecendo comodidade para milhares de moradores.
A burocracia é ‘zero’: é só escolher uma das centenas de opções de produtos e pagar em um totem automatizado. Esse é um dos atrativos que conquistou o publicitário Vinícius Corrêa, que faz compras toda semana no Mercadinho 24h instalado há dois anos no condomínio onde mora. Ele consome principalmente snacks, doces e bebidas. “Quando estou sem tempo de ir ao supermercado, também compro itens que vão acabando em casa. A praticidade é muito grande. Evitamos deslocamentos, filas e o estresse do trânsito”, comenta.
Depois da chegada do Mercadinho 24h em outro condomínio em novembro do ano passado, o síndico Augusto Buzzo relata elogios. “É uma variedade grande de produtos dentro do nosso próprio ‘quintal’. Os moradores são só elogios”.
Buzzo é um fã da facilidade. Destaca que os condomínios não pagam nada para contar com o serviço e ressalta que os proprietários dos imóveis ainda ganham com o diferencial. “Tudo o que proporciona bem-estar e comodidade agrega e valoriza o empreendimento”, acentua o síndico.
A startup maringaense Mercadinho 24h demonstra o crescimento do setor na cidade, isso porque o negócio tem crescido 100% ao ano desde que entrou para este mercado, em 2022. A empresa estreou com cinco minimercados e atualmente soma 14. Com o tempo, migrou de condomínios com cerca de 60 apartamentos para empreendimentos que possuem acima de cem unidades.
“Em termos anuais, no primeiro ano o faturamento bruto foi de R$ 500 mil. No segundo, de R$ 1 milhão, e a expectativa deste ano é passar dos R$ 2,5 milhões”, diz o sócio da startup, Henrique Cruz.
Segundo Henrique, cada consumidor gasta R$ 22,5 por mês, em média. Por apartamento, o ticket médio gira em torno de R$ 50, mas há condomínios em que esse valor chega a R$ 150, dependendo do perfil do empreendimento.
São mais de 300 produtos, desde higiene pessoal e limpeza a snacks e outros alimentos do dia a dia e bebidas. “Temos grandes fornecedores, mas também abrimos oportunidades para trabalhar com marcas menos conhecidas”, observa Henrique.
A reposição acontece de segunda a sábado dependendo da demanda do condomínio. O próprio sistema dos minimercados informa à central a necessidade do abastecimento. Sobre a instalação, mesmo que os condomínios não disponham de espaço, a equipe estuda possibilidades para utilizar locais subaproveitados.
Com oito colaboradores, a Mercadinho 24h investe em conhecimento e networking para continuar avançando no segmento retailtech, que oferece tecnologias para o varejo. A startup participa de programas de fomento ao setor e de iniciativas para captação de investimentos, a exemplo do Startup Top 10 e do Capital Empreendedor, respectivamente, ambos encabeçados pelo Sebrae/PR, entre outras iniciativas.
Especial por Fernanda Bertola – Fotos: Divulgação.