A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Paraná, homenageou na quarta-feira (1º/12), na sede da Subseção de Maringá, os advogados que completaram 45 anos de inscrição na Ordem ou 70 anos de idade e 30 anos de contribuição à OAB.
Na cerimônia os homenageados receberam uma láurea de reconhecimento e aplauso pelos relevantes serviços prestados à advocacia e à Justiça, de forma ininterrupta e ilibada.
“Este é o reconhecimento daqueles que por muitos anos trabalharam em favor do direito e da justiça e que continuam ativamente atuando em defesa da Constituição, dos direitos humanos, das garantias fundamentais, da legalidade e do Estado Democrático de Direito. É um reconhecimento da Ordem ao trabalho realizado por todas essas décadas”, afirmou o atual presidente da OAB Paraná, Cássio Telles.
Participaram da solenidade também o conselheiro federal Airton Molina; a vice-presidente da seccional Paraná, Marilena Winter (eleita presidente para a próxima gestão); o diretor-tesoureiro Henrique Gaede; o vice-presidente da subseção Bruno Grego dos Santos, a secretária-geral adjunta da subseção Sheyla Graças de Souza Borges de Liz e os conselheiros estaduais Kelly Cristina de Souza e Aldo Henrique Alves.
Foram homenageados os advogados: Alfredo Leoncio Dias Neto, Antonio Carlos Cazarim, Aparecido Batista, Aparecido Domingos Errerias Lopes, Carlos Alberto Malizia, Claudio Parpinelli, Izalvi Barreto da Silva, José Buzato, José Mauro Flores, Leonice Batisti Lozovoy, Luís Carlos Barbosa, Maria Aparecida Nogueira de Brito, Paulo Roberto Pereira de Souza, Pedro Carlos Palma, Reimar Renato Rodrigues, Rosa Tomoe Miyake Sakae, Rui Ghellere, Tarcizio Furlan e Venicio Martins.
Os homenageados receberam a láurea de reconhecimento das mãos do conselheiro federal Airton Molina; da atual vice-presidente da seccional Paraná, Marilena Winter (eleita presidente para a próxima gestão); e do atual presidente da OAB Paraná, Cássio Telles. (Veja fotos de Vanessa Cancian, no anexo).
Fonte: Reginaldo Eloi/OAB-Maringá – Fotos: Vanessa Cancian/OAB-Maringá.

JOSÉ BUZATO
Uma crônica de autenticidade
O advogado José Buzato, homenageado no início de dezembro pela OAB do Paraná, juntamente com outros colegas de profissão, recebeu com satisfação a láurea pelo profícuo trabalho realizado. A entidade estabeleceu três requisitos para indicar os laureados: 45 anos de inscrição na Ordem ou 70 anos de idade e 30 anos de contribuição.
“Este é o reconhecimento àqueles que por muitos anos trabalharam em favor do direito e da justiça, que continuam ativamente atuando em defesa da Constituição, dos direitos humanos, das garantias fundamentais, da legalidade e do Estado Democrático de Direito”, afirmou o presidente da OAB Paraná, Cássio Telles. Além dos critérios citados, a homenagem destacou que a conduta ilibada de cada um dos profissionais sobressaiu como pré-requisito na entrega da honrosa distinção.

Buzato é remanescente da última turma (1975), formada pela extinta Faculdade de Direito de Maringá, que a partir de 1976 foi oficialmente absorvida pela Universidade Estadual de Maringá. Tempos que não escapam à memória daqueles que cresceram naquele trecho do século passado, já sinalizador do potencial econômico e desenvolvimentista que a cidade inspirava aos moradores e visitantes.
Enquanto o verde crescia como guarda-chuvas ecológicos para despertar e reafirmar outra vocação maringaense, o apreço à natureza, o interesse pela cátedra ganhou forma no projeto de vida de Buzato. Logo, ele percorria os espaços internos da UEM, credenciado como professor de Direito. As salas de aula, enfim, acolheram um aliado rapidamente identificado com a Educação e, sobretudo, com a didática capaz de tratar ensino e aluno com muito tato, polimento e respeito.
Casado, pai de duas filhas, um filho, avô participativo, Buzato nasceu em Bandeirantes (PR) e desembarcou em Maringá em 1953. A longa carreira tem, portanto, o timbre da cidade exaltada em uma canção popular.
Embora ainda se dedique a honrar compromissos advocatícios com alguns clientes, Buzato já se aposentou da UEM e também procura se afastar, gradativamente, do exercício da profissão que o tornou um reconhecido especialista em Direito Eleitoral – que ele admite apreciar – e Tributário, entre outras áreas.
O saber jurídico se traduziu em cargos importantes ocupados na administração pública de Maringá nas gestões dos ex-prefeitos Silvio Magalhães Barros, Ricardo Barros e Silvio Barros II. Nos referidos mandatos, ocupou cargos alternados de Procurador Jurídico, Secretário de Gestão e Chefia de Gabinete. Tornou-se um consultor requisitado, consequência direta do preparo, do conhecimento profundo das leis e de pesquisa constante.

O perfil de Buzato se revela em prudência, calma e intuição. Dele sempre se pode esperar um diálogo leve, que se esforça e consegue distanciar-se dos excessos técnicos. Casa, família, amigos, um estilo de vida que não o prive de pequenos privilégios estão na pauta que ele rascunha a cada dia. Já tiveram espaço consagrado antes, como fica evidenciado. E permaneceram imunes ao tempo. Herança do exercício ilibado da profissão, incorporado também à vida pessoal, como destacou a OAB Paraná.
Fonte: Elvio Rocha – Fotos: Vanessa Cancian/OAB-Maringá.
PAULO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA
OAB e UEM ratificam história de afeto e realizações

Paulo Roberto Pereira de Souza estabeleceu vínculo forte e continuado com a OAB. Tem seu nome gravado na galeria de ex-presidentes da subsecção de Maringá, na Comissão de Meio Ambiente dos Conselhos Estadual e Federal da entidade. É membro consultor da Comissão Nacional de Direito Ambiental, do Conselho Federal da OAB, do Instituto dos Advogados do Paraná e Instituto dos Advogados Brasileiros.
Seu trabalho prodigioso, a constância e efetividade na profissão, a contribuição em todos os níveis ao Direito e à coletividade foram evocados novamente no primeiro dia de dezembro deste ano, momento em que a OAB Paraná o reverenciou e a outros colegas que atingiram a marca de 45 anos de inscrição na subseção, 70 anos de idade ou 35 de contribuição.

Laureados ouviram dos anfitriões do evento, repleto de convidados e familiares dos homenageados, palavras que referendaram a importância de terem conduzido as respectivas trajetórias em sintonia fina com as diretrizes da OAB, com a Constituição Federal e compreensão absoluta do exercício de professar o Direito embasado nos valores democráticos. “Rever e confraternizar com companheiros, parceiros de jornada, amigos, celebrar um ciclo foi, de fato, muito gratificante”, atesta Souza.
Ele exerceu a titularidade em cargos públicos governamentais no Paraná em duas ocasiões, como Secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e também como titular da pasta de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico. É, portanto, nas entranhas do Direito Ambiental, Urbanístico, Processual Civil e Empresarial que concentra suas preferências.

Convocado para falar pelos colegas que como ele receberam a láurea, registra que o “sentimento de honra prevaleceu”. E arremata: “De certa forma, constatamos ali o reconhecimento de uma vida dedicada ao Direito e norteada, necessariamente, pela forma como o exercemos, lastreada em padrão elevado de credibilidade, que pode ser resumido em conduta ilibada” afirma. “Comovente e inspirador observar que este preceito guiou e orientou os colegas laureados”, acrescenta.
Obras físicas e outros projetos que a comunidade universitária reivindicava foram executados durante a passagem de Souza pela reitoria da UEM. O prédio da reitoria, a extensão do Nupélia em Porto Rico, às margens do Rio Paraná, o Instituto de Psicologia Aplicada, Creche e Instituto de Estudos Japoneses compõem um pequeno tanto dessa herança
Bacharel em Direito (UEM/1974), Mestrado em Direito (UEL/1983) e Doutorado (PUC/SP- 2000), é na própria UEM que seu histórico como docente e administrador é preservado. De estudante a reitor da instituição (1982/86), o legado educacional de Souza para a universidade testemunha dedicação. Como professor e orientador, forneceu subsídios indispensáveis para fomentar o interesse dos alunos pelo Direito e assegurar a eles confortável espaço no mercado de trabalho.
O período da formação em Direito, os patamares seguintes na consolidação dos estudos, o exercício da cátedra e a gestão coincidiu, em boa parte, com a marcha ceifadora de direitos imposta pela ditadura militar, relata. “A resistência democrática, porém, não arrefeceu diante da repressão, opressão, perseguições, desaparecimentos e mortes dos que defendiam e se engajaram naquele esforço épico pelo retorno do Estado Democrático de Direito”, sublinha o ex-reitor.
Com a promulgação da Constituição de 1988 e os debates que a ensejaram, o Direito no Brasil ganhou o status de mensageiro e interlocutor dos anseios da sociedade, sob o manto da lei. “Vimos e participamos de uma revolução neste aspecto”, diz Souza. “Direitos do cidadão, legislação ambiental e inúmeros outros que favoreceram o processo civilizatório e a sociedade brasileira foram incorporados à nossa legislação, na esteira dos debates e da receptividade demonstrada pela população”, pontua.

Auditórios das três Américas e Europa não prescindiram até hoje deste conhecimento genuinamente brasileiro, que tem em Souza um zeloso guardião. Universidades e entidades que orbitam em torno do Direito, muitas delas renomadas neste mundo definitivamente arredondado, distinguem Souza como voz disseminadora da cultura jurídica, ressonância inequívoca do prestigio conquistado também entre as instituições paranaenses e de outros estados da federação.

O princípio, o começo de tudo na carreira jurídica de Paulo Roberto Pereira de Souza cabe numa frase curta, de reconhecível simbolismo e efeito prático no exercício da advocacia e do farto repertório de profissões existentes. “Entrei habitante na UEM, saí cidadão”, e foi cunhada no momento em que concluiu o Curso de Direito na instituição. “Não se perde, delega ou se afasta desta convicção de que a cidadania é força motriz de nossas aspirações democráticas”, conclui.
Fonte: Elvio Rocha – Fotos: Vanessa Cancian/OAB.
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