Prefeitura aciona MP, ANS e Procon para que hospitais particulares atendam pacientes privados

Prefeitura Municipal reuniu gestores de hospitais públicos e privados
Prefeito Ulisses Maia falou sobre os hospitais que pararam de atender
Vereadora Ana Lucia disse que a sociedade vive uma situação de guerra
Antonio Carlos Nardi, do Hospital Santa Rita, criticou os municípios da região pela falta de medidas restritivas
Elisabete Kobayashi, superintendente do Hospital Universitário, frisou que é preciso conscientizar os municípios da região sobre a necessidade de conter a transmissão do vírus
O superintendente da Santa Casa, José Pereira, disse que foi obrigado a fechar para novos pacientes porque a situação está insustentável
A Prefeitura Municipal reuniu gestores de hospitais públicos e privados na sexta-feira, 11 de junho, para discutir o atendimento a pacientes com Covid-19 em Maringá. O Município anunciou que acionou Ministério Público, ANS (Agência Nacional de Saúde) e Procon para que os hospitais e planos privados não fechem as portas para pacientes privados.

O prefeito Ulisses Maia falou sobre os hospitais que pararam de atender e que pacientes da região vêm a Maringá e estão sobrecarregando o Hospital Municipal. Ele propõe um pacto ou ajuste no atendimento dos hospitais privados, pois a situação está ficando insustentável. “É preciso que todos façam a sua parte, atendam os particulares e planos de saúde. Senão, onde vamos parar?”, questionou o prefeito.

Ulisses Maia lembrou que Maringá é a única cidade da região que teve a coragem de evitar a circulação no sábado, dia dos Namorados, ao restringir a abertura do comércio. Ele agradeceu a sensibilidade do Judiciário, seja de primeiro ou segundo grau, que revogou todas as liminares dos supermercados, que não poderão abrir neste domingo. Marcelo Puzzi disse que a atitude de Maringá visa salvar vidas e que cada gestor de hospital deve fazer sua parte para atender os pacientes com Covid.

A vereadora Ana Lucia disse que a sociedade vive uma situação de guerra. Ela fez um apelo à rede particular para que faça o impossível no atendimento a portadores da Covid-19 e defendeu que as instituições de saúde apoiem e dêem respaldo à Prefeitura para aumentar o endurecimento das medidas restritivas.

Ela também sugeriu tratamento de choque para a região que cada prefeito se comprometa por escrito como vai contribuir para evitar a transmissibilidade do vírus e auxiliar no tratamento dos doentes.

A vereadora Ana Lucia sugeriu que as instituições de saúde presentes assinem uma carta conjunta apoiando e dando respaldo à Prefeitura para aumentar o endurecimento das medidas restritivas.

Antonio Carlos Nardi, do Hospital Santa Rita, criticou os municípios da região pela falta de medidas restritivas. Ele frisou que Maringá sente na pele os efeitos da abertura do comércio das cidades vizinhas. Disse que estão faltando medicamentos e que os preços dispararam.

Elisabete Kobayashi, superintendente do Hospital Universitário, disse que o esforço é grande, que o paciente Covid quando sai da UTI ocupa enfermaria. Que o número de horas extras é tão grande que o Tribunal de Contas está questionando. Frisou que é preciso conscientizar os municípios da região sobre a necessidade de conter a transmissão do vírus.

Nelson Bagatin, diretor do Hospital Paraná disse que não é possível abrir para novos pacientes porque não tem onde por. Explicou que o hospital está com 34 vagas abertas, sendo 28 enfermeiros e não consegue contratar.

O superintendente da Santa Casa, José Pereira, disse que foi obrigado a fechar para novos pacientes porque a situação está insustentável.

Todos os gestores relataram a situação de dificuldades que vivem e foram levantadas várias ideias para melhorar a situação.

Além das pessoas citadas, participaram, pela Unimed, Rosa Virgine Tajra Batista; Hospital Santa Casa, José Pereira; Hospital Universitário, Elisabete Kobayashi; Hospital Bom Samaritano, Sanderland Tavares Gurgel; Hospital Santa Rita, Antônio Carlos Nardi; Hospital Paraná, Nelson Bagatin; Hospital Memorial, Daniel Jacometto; Hospital São Marcos, Paulo Eduardo Ferreira, Hospital do Câncer de Maringá, Luiz Arthur Moura Guirello; e do Hospital Municipal, Welynton Antônio de Souza.

Fonte: Diretoria de Comunicação/Siacom – Fotos: Mileny Melo/PMM.