Região de Cianorte lidera crescimento de obras e serviços no Noroeste

Aumento das atividades em áreas ligadas ao Crea-PR na microrregião atingiu 20% até agosto. Umuarama vem em seguida, com 14% de aumento e Paranavaí em terceiro, com 11%

 O mercado para profissionais registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) está aquecido, quanto à execução de obras e serviços. Um levantamento exclusivo do Conselho, na região Noroeste, aponta crescimento em diversas áreas e regiões consideradas polos entre janeiro e agosto de 2020. Cianorte e municípios próximos lideram o ranking com o aumento de 20% no período. Enquanto a região de Umuarama cresceu 14% e a de Paranavaí, 11%. Já Campo Mourão e municípios aparecem em quarto lugar, com 8% de crescimento e a região de Maringá não registrou aumento geral no período, embora tenha tido movimentação em várias áreas.

Em relação aos setores em destaque, o conselheiro e diretor do Crea-PR, Carlos Bueno Rego, diz que a pesquisa mostra os setores de Agrimensura (+50%), Geologia e Minas (+35%), Engenharia Elétrica (+17%) e Engenharia Civil (+11%) como os que mais movimentaram a economia regional neste ano. “O Crea-PR, como Conselho Estadual, percebe quando há muitos projetos de obras em andamento, devidos aos registros da execução de serviços nas áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências”, destaca.

A identificação ocorre por meio da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), documento que caracteriza os direitos e obrigações entre profissionais e usuários de seus serviços técnicos, além de determinar a responsabilidade profissional por eventuais defeitos ou erros técnicos, conforme Resolução nº 1025/2009, do Sistema Confea.

 

De forma geral, o número de ARTs recolhidas na regional Maringá neste ano, que compreende as microrregiões de Cianorte, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama, cresceu 7%. Foram 51.243 registros até agosto, segundo o Crea-PR. Em 2019, no mesmo período, o crescimento foi de 2%, o que equivale a 47.905 documentos emitidos.

Quanto às atividades executadas, na Agrimensura, as principais foram de georreferenciamento e levantamentos topográficos. Na Engenharia Elétrica, os destaques foram para os serviços de fontes de energia alternativas ou renováveis, instalações elétricas de média e baixa tensão, de microgeração distribuída e de painel solar fotovoltaico. Na área de Geologia e Minas, a principal atividade realizada foi a de perfuração de poços artesianos. Já na Engenharia Civil, ocorreram muitas reformas e novas obras pequenas e grandes, principalmente na pandemia.

Setores de destaque em Cianorte
Os registros de atividades profissionais na região de Cianorte de janeiro a agosto de 2019 tinham ‘encolhido’ 3%. Mas, neste ano, o crescimento no mesmo período atingiu 20%, sendo o maior aumento entre as microrregiões de Campo Mourão, Paranavaí, Umuarama e Maringá. O crescimento na cidade foi puxado pelos setores das Engenharias Civil (+38%) e Elétrica (+32%).

 Em relação à execução de obras e serviços de Engenharia Civil, foram 2.596 registros de ARTs no ano passado, contra 3.579 neste ano, sendo que 555 registros ocorreram somente no mês de agosto. Na área de Engenharia Elétrica, o número de 850 documentos emitidos em 2019 saltou para 1.122 neste ano. A maior quantidade de registros por mês também foi em agosto, de 168.

Para a Engenheira Civil Gabrielli Milani, inspetora do Crea-PR eleita para atuar na região de Cianorte, o setor da construção civil realmente cresceu durante a pandemia em todo o país, pois as pessoas sentiram a necessidade de tornar os ambientes residenciais mais agradáveis, principalmente para trabalhar no sistema de home-office. “Surgiram muitas obras internas de ampliação de espaços, reparos de problemas antigos ou até mesmo pequenas reformas que estavam nos planos das famílias há anos, mas não tinham sido executados por falta de tempo”, ressalta.

Outro fator que influenciou no crescimento da construção civil nos últimos meses, mesmo durante o isolamento social, foram os financiamentos imobiliários de instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, que também não paralisaram e geraram um impacto ainda maior na economia”, comenta.

Fonte: Jornalista Carina Bernardino/Assessora de Imprensa – Foto: Divulgação.