Usina fotovoltaica da UEM entra em funcionamento

Além de utilizar energia limpa e renovável, a iniciativa prevê uma economia de cerca R$ 200 mil por ano.
Na entrada da UEM pelo Portão 2 é possível ver uma usina fotovoltaica modelo. A área, que ainda está em construção, será um ponto de convivência, com banco e tomadas para carregamento de dispositivos portáteis, como celulares, notebooks, e até bicicletas elétricas

O sistema de captação de incidência solar deverá garantir uma produção de 660,82 MWh/ano, energia suficiente para manter cerca de 1.100 residências médias durante um ano

Com a entrada em funcionamento da usina de minigeração fotovoltaica de energia, a UEM (Universidade Estadual de Maringá) dá mais um passo no caminho para sustentabilidade e eficiência energética. Além de utilizar energia limpa e renovável, a iniciativa prevê uma economia de cerca R$ 200 mil por ano.

O sistema foi ativado a partir da instalação de módulos fotovoltaicas em nove edifícios dentro campus sede. No total são 1.440 módulos que correspondem a cerca de 2,8 mil m² de superfície para coleta, com potência total de 518 kWpico (unidade de medida que corresponde a energia máxima produzida pelos módulos fotovoltaicos).

Os equipamentos entraram em operação em fevereiro deste ano com o registro de pouco mais de R$ 46 mil de economia nas faturas de energia pagas nos últimos quatro meses. O valor ainda está abaixo do esperado mas há que considerar que algumas adaptações iniciais foram necessárias, comprometendo a geração de energia e o registro durante o período de ajustes.

O professor Carlos Antonio Pizo, engenheiro executor do projeto, apresenta outro dado que ajuda a dimensionar o impacto positivo da usina fotovoltaica instalada na UEM. Segundo ele, a capacidade de produção de energia do sistema é equivalente ao abastecimento de 1,1 mil residências familiares com consumo médio de 150 kW/mês.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A usina é resultado de investimento público de pouco mais R$ 7 milhões referentes ao Projeto Prioritário de Eficiência Energética (PEE) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), aprovado em 2017, em chamada pública da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A proposta apresentada pela UEM foi resultado do trabalho conjunto de servidores técnicos e docentes da Prefeitura do Campus e da Pró-Reitoria de Planejamento.

Quanto ao convênio de P&D, sob coordenação de pesquisadores do Departamento de Física, a proposta é a criação de uma nova geração de célula solar híbrida para conversão fotovoltaica, capaz de gerar maior quantidade de energia a partir do melhor aproveitamento do espectro da luz solar.

TROCA DE LÂMPADAS
O edital do PEE contemplou, além da usina de minigeração fotovoltaica, a substituição de 28.435 lâmpadas tubulares fluorescentes por lâmpadas Led, correspondente a 95% do total de lâmpadas instaladas nos edifícios do campus sede. Toda a troca foi feita entre abril e junho do ano passado e pelas medições e verificações já realizadas houve uma diminuição expressiva no consumo mensal de energia da UEM. “Os cálculos apontam para uma economia de R$ 401 mil no período de junho de 2019 a maio de 2020, valor esse que a UEM estaria pagando sem a implantação do projeto de eficiência energética”, aponta Pizo.

De acordo com o engenheiro, a previsão é que a troca de lâmpadas e a usina fotovoltaica correspondam a 19,2% na redução do consumo total de energia do campus sede. Como parâmetro, Pizo diz que em 2016, quando foi elaborado do projeto de eficiência energética, o consumo chegou a 9.387.866 kWh. No período de junho de 2019 a maio de 2020, que já inclui parte das ações do projeto, o montante foi de 8.181.862 kWh.

Segundo o reitor, Júlio César Damasceno, a iniciativa reforça as diretrizes de sustentabilidade previstas na Política Ambiental da UEM. Ele destaca a necessidade de manter a estratégia, priorizando investimentos em atividades relacionadas ao consumo racional de energia, bem como a participação em novos editais.

Na condição de gestor, Damasceno comenta sobre a demanda dos campus regionais da UEM que também carecem de implantação de ações desta natureza.

SOBRE O PROJETO
A chamada pública para o PEE foi exclusiva para instituições de ensino superior. As propostas passaram por um processo de seleção aberta, sendo que entre as universidades do Paraná foram classificadas, além da UEM, a Universidades Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR).

Fonte: Jornalista Tereza Cristina Parizotto/ASC/UEM – Fotos: Divulgação/ASC/UEM