Inaugurado em 10 de novembro de 1942, o Patrimônio Maringá, posteriormente denominado Maringá Velho, foi a primeira experiência urbana na história do município. Formado por oito quadras, seu projeto urbanístico é de autoria do engenheiro Aristides de Souza Mello, diretor técnico da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP).
As 155 páginas estão divididas entre documentos inéditos e fotografias do Acervo do Patrimônio Histórico Municipal, historiando a primeira capela, escola, comércio, hotéis, habitações e demais prédios, alguns até hoje preservados, plantas urbanísticas, as telas do artista plástico alemão Edgar Osterroht entre outros elementos marcantes da memória da região. A obra conta com 500 exemplares que serão distribuídos nas bibliotecas e instituições de ensino.
O secretário de Cultura, Miguel Fernando, ressalta que a obra retoma o projeto “Memória nos Bairros” que pretendia realizar pesquisas históricas dos oito primeiros bairros de Maringá. A única edição, de 2002, apresentou a Vila Operária. “Oferecemos depois de 16 anos o segundo número do projeto que apresenta essa região que tem um papel vital para a compreensão histórica da cidade”.
O autor do livro, o historiador do município, João Laércio Lopes Leal, lembra que apesar de mais de um ano de trabalho, o livro proporcionou grande satisfação. “O objetivo desta obra é disponibilizar a história de nosso município para preservá-lo e valorizá-lo, além de perpetuar a memória de nossa cidade”.
Leal lembra ainda que o Maringá Velho ocupa, desde sua fundação, privilegiado espaço material e imaginário. “Para maioria das pessoas o Maringá Velho é muito maior do que as oito quadras primordiais. O tamanho abstrato vai bem além do que sua dimensão física”, explica, lembrando que há previsão em 2019 de nova edição do projeto “Memória nos Bairros” com a publicação sobre o Maringá Novo.
Palco de acontecimentos e instituições inspiradoras, o Maringá Velho teve que necessariamente ser encaixado no plano urbanístico de 1945, elaborado pelos engenheiros Cássio Vidigal, Gastão de Mesquita Filho e Jorge de Macedo Vieira. Essa inclusão é a prova de que a região se impôs por sua dinâmica, afastando a imagem de provisoriedade e precariedade defendida por algumas equivocadas pessoas.
Além da publicação do livro e exposição sobre o Maringá Velho, a Semuc promove uma das edições do City Tour histórico com visita à região. O roteiro, com previsão de 3 horas, começa com a visita ao “Fim da Picada”, ponto final da estrada mestre iniciada em Londrina em 1936. A partir desse local que iniciam os trabalhos de fundação do núcleo urbano primordial de Maringá, em 1942, o chamado Maringá Velho.
Depois de passar em outros 13 pontos, o passeio turístico será finalizado com a visita ao Monumento do Desbravador, construído em 1972, na Praça 7 de Setembro, uma homenagem aos pioneiros maringaenses. Inscrições (gratuitas) podem ser feitas pelo https://goo.gl/forms/n6H3dBZLkGyIeQb52.
SAIBA MAIS
Exposição sobre o Maringá Velho prossegue até o dia 12 de dezembro, das 8 às 17 horas. Informações a respeito do livro pela Gerência de Patrimônio Histórico (Telefone 3221-6122).