A construção civil deve crescer acima da economia brasileira: enquanto o Banco Mundial estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 3% neste ano, a construção poderá ter alta de 4%, estima a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em Maringá, as construtoras preparam lançamentos, mirando consumidores de todas as rendas.
Impactado diretamente pelas perspectivas positivas, o mercado de trabalho comemora. Em 2020 o setor gerou 517 novas vagas com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Entre as empresas com novos empreendimentos está a GRP Borges. A sócia Patrícia Picolli Borges conta que serão lançados nos próximos dias o Illumine Residence e o Ilios Residence, e há planos para um terceiro empreendimento, na região central. Enquanto os dois primeiros serão voltados para o público de renda média, o último será de médio/alto padrão.
Com consumidores mais exigentes, a construtora investe em plantas funcionais e integradas. “Para este ano, a expectativa é que o mercado imobiliário se consolide diante dos indicadores atuais”, comenta. Mas ela destaca uma preocupação: a alta dos valores nos insumos, pois não é possível manter a previsibilidade feita antes dos lançamentos. Além disso, para os empreendimentos em construção, esses aumentos nem sempre são possíveis de serem repassados para as unidades comercializadas. Ainda assim a construtora tem boas perspectivas, tanto que terá sede própria em breve e tem empreendimentos para lançar nos próximos anos.
O otimismo do engenheiro civil George Khoury Junior, que é diretor da Ciplart, é reflexo do bom momento do setor, impulsionado pela construção civil ser um bom investimento. “Tem muito investidor migrando do mercado financeiro para a compra de imóveis, porque enquanto uma aplicação conservadora rende cerca de 2% ao ano, o aluguel residencial rende, em média, 0,4% ao mês, o que totaliza 4,8% ao ano, isso sem contar a valorização do imóvel”, destaca.
A Ciplart lançará dois empreendimentos no ano, sendo que o Green Park, com apartamentos de 63 a 79 metros quadrados, terá unidades à venda neste trimestre. Serão 84 unidades, todas com suíte e sacada com churrasqueira. No segundo semestre será lançado um empreendimento com cem unidades. “As condições de financiamento, para os compradores, nunca estiveram tão favoráveis em relação às taxas de juros cobradas pelos agentes financeiros. Isso proporcionou uma diminuição do valor da parcela e, consequentemente, incluiu uma população maior de compradores”, destaca Khoury Junior.
O presidente do Sinduscon/PR-Noroeste, Rogério Yabiku, reitera o bom momento da construção. “Isso se deve a uma série de fatores, como a baixa taxa de juros dos financiamentos, deficit habitacional e ao fato de imóvel ser um investimento seguro. O cenário é bastante favorável”.
Fonte: Giovana Campanha/Matéria Comunicação – Fotos: Divulgação.