No Paraná, startups projetam atração de R$ 2,85 milhões com o Capital Empreendedor

Pequenos negócios atendidos pelo programa do Sebrae/PR declararam estar mais preparados para buscar investidores

Para empresas nascentes, como as startups, a falta de recursos para gerar escala e crescer é um dos grandes desafios. Uma das alternativas neste meio é o aporte de capital, geralmente por investidores anjos ou fundos de investimento. Pesquisa realizada pelo Sebrae/PR, com 30 startups do Estado que participaram do programa Capital Empreendedor, revelou que nove delas receberam algum tipo de investimento externo no ano passado. Somados, os valores estimam a atração de R$ 2,85 milhões.

 O gestor estadual do programa Capital Empreendedor do Sebrae/PR, Elizandro Ferreira, analisa que os aportes demonstram a evolução gradual da maturidade das startups e do ecossistema de inovação paranaense.

“O Sebrae desenvolve uma série de ações e programas para as startups. No caso do Capital Empreendedor, o propósito é levar o pragmatismo para os empreendedores. Também prepará-los para perceber quando e se precisarão de investimentos e como apresentar seus negócios para potenciais investidores”, explica Elizandro.

Aporte à vista

Leandro Volanick, diretor-técnico da Manfing (manfing.com), de Toledo, região oeste paranaense, participou do Capital Empreendedor.

“Os workshops e todos os conteúdos nos ajudaram muito, principalmente em relação a estratégia e planejamento, questões que ainda não tínhamos estruturado na startup. No programa, tivemos a oportunidade de aprimorar esses dois pontos, o que foi essencial para termos mais força na hora de apresentar a Manfing para possíveis investidores”, relata o empreendedor.

Nesse sentido, entre 2019 e 2020, com os conhecimentos adquiridos no Programa Capital Empreendedor, a startup recebeu R$ 200 mil da Ventiur Aceleradora. O valor foi aplicado para a implantação de melhorias que possibilitassem o crescimento e expansão da empresa. Agora, estão em um processo de negociação em que poderão receber um aporte ainda maior da Meta Ventures.

“Ao que tudo indica, poderemos receber até R$ 1,5 milhão. Com o valor, vamos continuar focando nos processos de expansão e estruturação, investindo em equipe, estrutura, equipamento e tudo mais que for necessário para chegarmos a mais clientes até o fim deste ano”, revela Leandro.

Divisor de águas

Quando entrou para o Capital Empreendedor, a Verifact (www.verifact.com.br e @Verifact10 no Twitter), de Maringá, no noroeste do Paraná, havia acabado de conseguir um investimento semente da Wow Aceleradora, em valor não revelado pela startup. Com a participação no programa, preparou-se para ir ao mercado e negociar com grandes investidores. A startup oferece o registro facilitado de provas de fatos ocorridos na internet.

“Participei de mentorias e troquei informações com empreendedores que sabem o que estão fazendo. Essa participação foi um divisor de águas e importante para entrarmos no mercado de forma mais madura. Estamos muito mais atrativos como startup”, diz a diretora da Verifact, Regina Acutu.

A startup faz parte do hub de inovação do Itaú, registra crescimento de 30% ao mês e soma cerca de 2,5 mil usuários em quase todos os estados brasileiros, estando presente em departamentos jurídicos de empresas famosas como o Habib’s, Ticket e Electrolux.

R$ 20 milhões no ciclo
2020 do Capital Empreendedor

 Mesmo com a pandemia em 2020, o programa Capital Empreendedor, que une investidores e startups, superou os números de pequenos negócios atendidos e o volume de aportes feitos nas micro e pequenas empresas que participam do projeto, se comparado aos anos anteriores. Apenas no ano passado, 41 empresas receberam investimentos de R$ 19,8 milhões, número superior ao de 2019, que foi de R$ 17,7 milhões. Desde que foi criado, em 2018, o programa já beneficiou diretamente 74 negócios que receberam R$ 42,5 milhões em investimentos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sebrae/PR – Foto: Bulla Jr