Setor de limpeza abre mais de mil vagas durante a pandemia

Central de Empregos Facop registrou mais de mil vagas para profissionais de limpeza no ano passado, mesmo atendendo via Whatsapp

 Mudam os tempos, muda a forma de trabalhar, mas o setor de asseio e conservação do Paraná segue contratando em meio à crise gerada pela pandemia de Covid-19. Em 2020, a Central de Empregos da Fundação de Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilities (Facop) precisou adaptar os meios de atendimentos e passou a realizar encaminhamentos on-line, via WhatasApp. Mesmo assim, a unidade registrou mais de mil vagas e ajudou a fechar mais de 830 contratações ao longo do ano passado. Entre janeiro e março deste ano a Central já registrou 300 vagas, que se renovam diariamente.

Para a coordenadora da Central de Empregos Facop, Kelly Gutervil, os números demonstram a capacidade do setor de se reinventar diante das circunstâncias adversas deste período. “Quando a pandemia começou, tínhamos um formato de trabalho completamente diferente do que temos agora. Apesar dos desafios, tem sido muito gratificante continuar fazendo essa ponte entre trabalhadores e empresas em um novo formato, atendendo pelo WhatsApp para garantir a saúde e a segurança de todos”, declara. Em 2020, o governo federal considerou a limpeza uma atividade essencial no enfrentamento à Covid-19. Os profissionais do setor não pararam de trabalhar e, em muitos casos, têm estado na linha de frente do combate à doença.

Capacitação é diferencial em tempos de crise

 Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou uma queda de 4,1%, na comparação com o ano anterior. Foi o maior recuo da série histórica, iniciada em 1996. Outros indicadores econômicos ficaram igualmente negativos, como o número de desempregados, que fechou o ano em 14,1 milhões de pessoas. Diante desse cenário, ser um trabalhador capacitado é um dos diferenciais para disputar uma vaga no mercado de trabalho – inclusive no setor de limpeza.

Kelly explica que, na hora da contratação, a experiência e o conhecimento técnico da função são fatores levados em conta pelos empregadores. “Neste momento de adaptações, muitas vezes a empresa não tem tempo para ensinar o colaborador desde o princípio. Então, quanto mais conhecimento das técnicas, equipamentos e produtos o candidato à vaga tiver, maiores as chances de contratação. Profissionais que têm em seu currículo cursos e treinamentos já concluídos saem muito à frente dos demais”, ressalta.

Fundada em 2002, a própria Facop oferece capacitação profissional para trabalhadores do asseio e conservação. Embora os cursos presenciais estejam temporariamente suspensos devido à pandemia, a Universidade Corporativa Facop (https://universidadecorporativa.facop.org.br) tem à disposição nove cursos on-line,  especialmente desenvolvidos para o setor. Trabalhadores do setor de asseio e conservação do Paraná tem acesso gratuito às capacitações, enquanto os demais interessados fazem um investimento fixo de R$ 19,90. As aulas, com legendas em inglês e espanhol, podem ser acessadas de qualquer lugar e dão direito a certificado de conclusão. Além disso, a Facop disponibiliza uma biblioteca on-line com conteúdos gratuitos nos mais diversos formatos e atualizados constantemente.

Sobre a Facop

A Fundação do Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilities (FACOP) é o resultado da união dos sindicatos patronal (SEAC-PR) e laboral (Siemaco) do setor do asseio e conservação. Ela funciona com três unidades de negócio – Centro de Educação Profissional Nahyr Kalckmann de Arruda (CEPNKA), Central de Empregos, e SESMT Coletivo – de modo a prestar apoio ao setor na capacitação, encaminhamento para vagas de emprego e medicina e segurança do trabalho. A Facop trabalha com a educação e a profissionalização como ferramenta para a emancipação social e a melhoria constante dos serviços oferecidos pelas empresas. Desde sua fundação, em 2002, já são mais de 70 mil certificados emitidos pela instituição. Em breve, a Facop vai lançar o primeiro Museu da Limpeza Profissional em todo o mundo, que conta a história do setor.

Fonte e Foto: Central Press