Franquias de alimentação: um mercado promissor para o investidor com capital na mão

Mais resilientes, essenciais e com foco em delivery e canais digitais, setor de food service pode gerar boas oportunidades de negócio em momentos de crise. Rede China in Box integra esse perfil de marcas já consolidadas no mercado que tiveram crescimento em 2020

 As restrições impostas ao comércio por conta do agravamento da pandemia têm colocado os empreendedores brasileiros em um grande dilema. Se por um lado, é importante reduzir a circulação de pessoas nas ruas nessa segunda onda da doença, por outro, a paralisação das atividades impacta na sobrevivência de muitos negócios e, consequente, dos seus trabalhadores. Apesar da insegurança sentida por empregados, empregadores, PMEs, autônomos e informais, o momento exige bastante calma, uma análise profunda dos mercados e muita preparação e adaptação.

Diante dessa realidade, peritos em economia apostam que, nesse momento, o segmento que poderá contribuir melhor para o bom andamento do mercado é o de franquias. De acordo com Sylvio Korytowski, especialista em empreendedorismo e franquias na área de recolocação de executivos, o momento atual pode ser positivo para quem tem interesse e capital para investir em lojas prontas. “Para pessoas que possuem uma reserva financeira, mas sem perspectiva de novo emprego, essa é a hora de olhar com mais atenção o mercado de franquias”, explica. “São lojas que já vêm prontas e contam com o suporte de marcas já consagradas pela solidez, credibilidade e fidelidade do público consumidor, e que possuem algumas facilidades em comparação com os negócios independentes”.

Em busca de renda, a maioria dos novos empreendedores tomou esse caminho para geração de um autoemprego. Numa situação da continuidade da crise econômica, como a vislumbrada após a pandemia, a possibilidade de redução da oferta de vagas formais é grande. Esse cenário faz com que as franquias sejam o caminho mais indicado para interessados em empreender que não possuem experiência e para profissionais capitalizados que passaram por PDV – plano de demissão voluntária – e agora buscam recolocação. “É uma alternativa viável para vários perfis de investidores. Com dinheiro na mão, após essa crise do novo coronavírus, as condições de negociação serão muito melhores. O investimento em franquias sólidas contribui para movimentar a economia, impulsionar o consumo e gerar empregos”, diz Sylvio.

Setor resiliente e com negociação facilitada

De acordo com o especialista, as principais oportunidades que devem surgir para o setor de franquias nesse momento são referentes aos custos – de locação, mão de obra, reformas etc., que devem cair no futuro próximo. Outro ponto a favor é que, apesar da tendência de queda na receita de alguns segmentos não essenciais, no caso das franquias de alimentação, mercado pet, varejo alimentício, entre outras, existe a possibilidade de aumento de receita.

A dica para quem deseja se tornar um candidato a franqueado é avaliar os tipos de negócios que trazem menor risco para o investidor em franquias. E os mais resilientes envolvem a questão de abastecimento de itens essenciais, como alimentação. Nesse grupo, as franquias de food service que possuem o delivery em seu DNA são as mais indicadas.

Dentro deste perfil, está o China in Box. Com quase 30 anos de mercado, é a maior rede de comida chinesa da América Latina, além de pioneira em delivery, atividade considerada essencial. No ano passado, a marca precisou adiar seus planos de expansão e focar nas suas forças, como a sua expertise em entrega em domicílio, que teve uma alta de 30% durante a pandemia, representando um crescimento de 10% em comparação a 2019. Em um ano complexo como 2020, com o mercado em queda de 30%, o China in Box comemora crescimento em relação ao ano anterior atingindo um faturamento de R$ 340 milhões. Para 2021, a expectativa é de retomar sua expansão e fechar o ano com 5% de crescimento.

O investimento do China in Box em novos modelos de negócio também ajudou no lucro das lojas. É o caso do formato Dark Kitchen, que é quando a estrutura de cozinha, equipe e logística de uma marca já estabelecida é utilizada para outras novas marcas, apenas para delivery e com pedidos feitos via marketplace, possibilitando, assim, ampliar a área de cobertura do franqueado. Uma unidade física China in Box pode ter até cinco dark kitchens de cozinhas diversas. De acordo com Carlos Sadaki, CEO do Grupo TrendFoods que detém a rede, “houve um rápido aumento da concorrência quando outros estabelecimentos incluíram o delivery em suas operações. Com o mercado inflando, decidimos impulsionar nossos esforços para o modelo Dark Kitchen, que já havíamos começado em algumas unidades no segundo semestre de 2019”, conta.

O executivo destaca ainda que, as dark kitchens continuarão sendo o foco dos investimentos da marca em 2021, com uma expectativa de crescimento de 50%. “Traçamos essa estratégia com o objetivo de abrir um leque maior de cardápios para o consumidor. Por meio de diversas marcas, foi possível trazer volume e faturamento para uma mesma loja”, detalha Sadaki.

“Apesar das dificuldades, vejo o ano de 2021 com olhos otimistas. Para mim, a virada de chave será a vacina. Depois dela, vamos precisar nos preparar para atender uma outra demanda que até então estava reprimida. Muita gente ainda em casa e ávida por retomar seus hábitos de consumo. Acredito que estamos próximos desse novo momento”, finaliza.

Fonte: Larissa Picolli/Giusti Comunicação – Foto: Divulgação.