A diretoria da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Maringá – Aeam, encontrou uma saída para otimizar o uso da sua sede social, que há três anos também abriga a área administrativa da entidade, e de criar nova opções de renda: compartilhar a sede com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/PR – Noroeste).
A ideia foi discutida amplamente pela diretoria, conselhos e com os ex-presidentes da associação. Todos aprovaram. Como o Município fez a doação do terreno onde funciona a sede social com o fim específico de atender a Aeam, era necessário alterar a lei na prefeitura.
Por isso, a Aeam acionou a Câmara Municipal, por meio do presidente Mario Hossokawa e do vereador Sidnei Telles. Foi aprovado o projeto de lei Nº 14978/2018, autorizando o compartilhamento da sede social.
Quando sancionado pelo prefeito Ulisses Maia, a iniciativa passará por uma assembleia para que os associados da Aeam possam analisar sua viabilidade.
Em princípio, a ideia da diretoria é elaborar um planejamento de uso da nova sede. “Discutimos inicialmente a construção de um prédio com cerca de mil metros quadrados que possa ser locado para profissionais e empresas, contribuindo para o desenvolvimento do setor e gerando renda. É um planejamento que será realizado pela gestão que assume a Aeam em parceria com o Sinduscon. Para nós, será fundamental para contribuir com a viabilidade financeira da associação”, esclarece Keila Uezi, presidente da Aeam na gestão 2017/2018.
O presidente do Sinduscon/PR-Noroeste, Marcos Mauro Pena Filho, também está entusiasmado com o compartilhamento. “Será um legado, para engenharia de Maringá, de um espaço para desenvolvimento do setor em sintonia com o novo modelo de atividade econômica que a Construção Civil terá nas próximas décadas. A construção 5.0”, explica o dirigente. Ele acrescenta que a ideia é promover novas possibilidades de negócios para estudantes, engenheiros, arquitetos e empresas.
O novo presidente da Aeam, Gilberto Donizetti Delgado, vai realizar as negociações necessárias para viabilizar o projeto. Delgado pontua que se tratar de um projeto de médio prazo e que, bem encaminhado, será importante para as instituições e seus associados.
A área da sede social, com 5.623,12m², está localizada na Gleba Patrimônio Maringá. Hoje, ela abriga um salão social, onde também ficam as salas da administração da Aeam, além de um campo de futebol, casa do caseiro, área de churrasqueira e estacionamento.
O presidente da Câmara Municipal, Mario Hossokawa, explica que “é uma solução boa para todos, já que, com o compartilhamento com o Sinduscon, a área, que era mais voltada ao lazer, será transformada em um centro de inovação que beneficiará toda a cadeia da construção civil”.
O vereador Sidnei Telles, engenheiro e associado da Aeam, lembra que a associação é uma instituição histórica e de grande relevância para Maringá. “A parceria com outra instituição importante e de uma área afim, vai proporcionar o fortalecimento do setor da construção, ofertando melhores serviços e oportunidades para os profissionais das engenharias e arquitetura”, pondera.
O ex-presidente da Aeam, Altair Ferri, frisa que desde a sua gestão, 2010/2012, ele já tinha preocupações com a viabilidade financeira da sede social da instituição. “É um espaço que teve sua importância histórica, mas com a evolução da sociedade, era preciso encontrar uma solução para o uso mais racional da área. Essa solução de compartilhamento com o Sinduscon é ótima, tanto para a associação quanto para o sindicato”, frisa Ferri.
Outro ex-presidente que aprova o compartilhamento é Nivaldo Barbosa de Lima, tanto pela possibilidade de redução de custos e novas fontes de receita e, principalmente, pela aproximação entre as construtoras e os profissionais. “Já existem cidades em que os profissionais e o sindicato da indústria dividem o mesmo espaço com ótimos resultados. Em Maringá, esperamos que essa união futura possa beneficiar os dois lados. É uma excelente ideia”.
Texto: Jornalista Dirceu Herrero
Fotos: Marquinhos Oliveira/CMM e Paulo Souza/AaZ Magazine.